sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Tudo uma questão de sorte.

Ontem alguém pegou em toda a minha alma e a maltratou. Fez dela um boneco em que puxas os cabelos, os braços e por fim o coração e pensa que não lhe doí. Ontem eu achava que era feliz numa realidade à qual já estava habituada a viver e que achava que era correcta... Burra era eu, por estar a desperdiçar a felicidade com alguém infeliz. Ontem eu não saia de casa, ontem eu tinha marcas na pele, tinha lágrimas no rosto e sofrimento no olhar. Ontem tinha pessoas preocupadas comigo, com o meu dia-a-dia, com a minha vida futuramente, com tudo aquilo que me rodeava. Ontem eu não ouvia ninguém, ontem eu pensava amar uma pessoa quando na verdade era tudo um simples hábito do fogo da paixão que a muito havia morrido. Ontem eu era infeliz, hoje não sou.

Hoje alguém pegou em toda a minha alma e a remendou. Fez dela um cobertor antigo que fica para recordação e o cozeu ponto a ponto para se cobrir com ela. Hoje eu tenho a certeza que sou feliz e faço a minha própria realidade consoante aquilo que quero viver. Burra fui eu, por ter demorado tanto tempo a olhar para a felicidade nos olhos. Hoje eu vou a todo o lado, percorro todo o mundo no lado do passageiro com o calor de quem me quer a beira e aquela mão na minha coxa que deveria de estar nas mudanças. Hoje tenho marcas nas bochechas dos mil e um beijos que ele não para de me dar, tenho a marca do dente dele no meu lábio quando me beija tão ofegante-mente que todo o meu pensamento pára naquele exacto momento. Hoje tenho pessoas que dizem estar felizes porque eu estou feliz... Como é que elas conseguiram ver isso antes de mim? O amor é complicado. Hoje eu tenho a certeza que me amo, como nunca amei ninguém, Hoje aprendi que a paixão é diferente do amor, e paixão muitos sentem, mas amar... Amar é aquele negocio esquisito que tu nem sempre sabes se sentes e fazes all-in. Diz-me então, sentes-te com sorte?

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